Com todo o respeito às crenças e religiosidades daqueles que
lerão este artigo, gostaria de fazer um rápido comentário.
Tornou-se quase uma obrigação, por força da “crença”
popular, romper o ano novo vestindo-se de “Roupas Brancas”. Acreditam que elas
catalisam, imantam e atraem forças positivas.
Pasmem! Até em algumas Igrejas (arrrfff!)
As lojas de departamentos entenderam que cultivar esta
“Mandinga” bomba suas vendas; a mídia não perde a oportunidade de aumentar sua
audiência propagando as várias simpatias do “Usar Branco”. Enfim, para os
supersticiosos, vale tudo para exorcizar toda a carga negativa do ano que se
findou: os relacionamentos que sucumbiram, o emprego perdido, a saúde
fragilizada, as dificuldades financeiras bem como todas as impossibilidades e
impotências que possam de alguma forma, ter causado alguma tristeza no ano que
se finda.
É incrível como a humanidade não aprende com seus erros.
O homem não consegue compreender que a felicidade maior da
auto realização não está relacionada com atividades exteriores tais como:
aquilo que uso, me alimento, bebo, faço ou deixo de fazer. A verdadeira
realização está em despir-se das más atitudes, pensamentos, palavras e
sentimentos que infelizmente, para muitos, por estarem tão impregnados e
internalizados no ser tornaram-se “vestes invisíveis”, “Lingeries” das mazelas
da vida carnal, são partes intransponíveis e irremovíveis da alma.
Outros acreditam que pulando as sete ondas no romper do ano
novo os conduzirá às várias fases das dimensões do lugar comum em direção à felicidade.
Infeliz conclusão.
Certa vez Jesus repreendeu alguns religiosos judeus dizendo:
Mateus 23:27-28
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois
semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora parecem formosos, mas
interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia. Assim,
também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais
cheios de hipocrisia e de iniqüidade.” (Grifo meu)
Veja como nossa exterioridade pode dizer exatamente o
contrário daquilo que verdadeiramente carregamos no interior de nosso coração.
Ano velho vai, ano novo vem e não mudamos não nos rendemos
não nos entregamos às transformações do Espírito do Senhor. O Velho Homem permanece,
piorando a cada ano.
Reunimos-nos nas igrejas para romper o “Réveillon”, fazemos
pactos a Deus, mas nos falta a fidelidade para cumpri-los. Não os cumprimos
porque somos estes religiosos repreendidos por Cristo, vivemos de aparência,
somos só casca sem essência, vinho sem sabor, figueiras mentirosas, duas vezes
mortas, desarraigadas; cultivamos apenas a religião rotineira sem fruto e sem
vida. Somos sepulcros caiados. Ritualmente cristãos, mas essencialmente
cumpridores de rotina denominacional. Externamente em conformidade, puro, bem
intencionado, “limpo”, “Branquinho”, arrumado, porém, não é necessário remover
a tampa para contemplar o defunto que em nós jaz nosso hálito já o denuncia.
Feliz Homem Novo
O Homem Velho obedece aos impulsos da carne – o Homem Novo é
gerado e guiado pelo Espírito…
O Homem Velho só quer receber – O Homem Novo se realiza em
doar…
O Homem Velho quer ser servido – O Homem Novo quer
alegremente servir…
O Homem Velho não mede conseqüências para possuir – O Homem
Novo renuncia para ser feliz…
O Homem Velho se torna idoso em plena juventude – O Homem
Novo permanece jovem em plena velhice…
O Homem Velho espera o socorro humano – O Homem Novo
entrega-se ao socorro e provisão dos Céus. Is 61.10
Deixo para ti, meu amado, uma receita infalível para começar
o ano novo e uma vida nova, Isaias 61.10:
“Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegrará
no meu Deus, porque me vestiu de vestes de salvação, cobriu-me com o manto de
justiça, como noivo que se adorna com uma grinalda, e como noiva que se enfeita
com as suas jóias.”
Um 2013 cheio das bênçãos de Jesus para todos.
Feliz HOMEM NOVO!
Autor Armando Taranto Neto
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