1 de abril de 2014

E se sua vida virasse filme?


Devo confessar: Sou um cinéfilo. A sétima arte me fascina. Enquanto assisto a um bom filme, sinto-me como se deixasse o cronos, e adentrasse uma esfera atemporal. Aprendi a admirar um bom filme pela fotografia, pela direção, pela atuação dos seus protagonistas, pelos efeitos especiais, pela trilha sonora, mas principalmente, pelo roteiro.

Sou bem eclético. Não importa qual seja o gênero do filme, desde que não seja cheio de clichês. Gosto de filmes de comédia, drama, épicos, ficção científica, mas os que mais me fascinam são os de suspense. Gosto de sentir a adrenalina que acompanha a expectativa pelo inusitado.

Quando adentro a sala de projeção, quero ser surpreendido por um roteiro inovador. Aquela velha fórmula do mocinho que aparece para salvar a mocinha não funciona pra mim. Nada é mais entediante do que um roteiro previsível. O filme pode ter uma direção impecável, com atores extraordinários, mas se for recheado de clichês, eu acabo dormindo. Nem pipoca me mantém acordado.

Lembro-me de quando assisti ao último filme do Batman, e saí da sala comentando com meu filho: Isso é que é filme! Quase que em cada tomada havia uma surpresa. Nada acontecia como previsto. Foi de perder o fôlego! Destaque para a atuação impagável de Heath Ledger como o Coringa, que rendeu-lhe um Oscar póstumo. Pode-se até dizer que neste filme, Batman foi o coadjuvante.

O ser humano tem uma fixação por surpresas. Parece que fomos feitos já com esta expectativa vinda de fábrica. Estávamos bem aconchegados e protegidos no ventre de nossa mãe, e de repente... surpresa! O nascimento foi a nossa estreia. A partir daí, nossos olhos passaram a ficar sempre atentos em busca de novas surpresas.

Uma vida desprovida de surpresas acaba por gerar um tédio insuportável. Se as surpresas não nos vêm naturalmente, procuramos por elas. Queremos aventura. Queremos ser surpreendidos. Antes o stress provocado pela expectativa do inusitado, do que o tédio da monotonia.

Recuso-me a acreditar que o roteiro escrito por Deus para a minha vida seja cheio de clichês, de lugar-comum. Quero ter o que contar aos meus netos. Quero dar trabalho ao meu biógrafo. Quero fazer valer a pena. Então, que venham as surpresas!

Se for para rir, quero rir até chorar. Se for para chorar, quero chorar até rir de minha própria emotividade. Se busco por ação, anseio pela adrenalina que ela me causa. Se for para assustar, que faça meu coração disparar. Se for romance, que me envolva. Se for ficção, que me faça embarcar para o futuro. Se for um épico, que me faça viajar ao passado. Se quiser dar uma de spoiler, faça-me o favor de trocar de lugar. Não queira estragar a surpresa, contando-me o final.

E se minha vida um dia virar filme (quanta pretensão!), não quero ninguém dormindo no cinema.


Portanto, luz, câmera, ação!



28 de dezembro de 2013

PERIGO: Pastores Psicopatas

Hermes C. Fernandes

Uma das profissões que mais atraem psicopatas é a de pastor. Pelo menos, segundo os estudos do psicólogo Kevin Dutton, autor do livro “A Sabedoria dos Psicopadas: O que santos, espiões e assassinos em série podem nos ensinar sobre o sucesso”. Dutton conta que psicopatas nem sempre são pessoas conturbadas como muitos acreditam. “Quando psicólogos falam sobre o termo psicopatia, eles se referem às pessoas que têm um conjunto distinto de características de personalidade, que incluem itens como destemor, crueldade, capacidade de persuasão e falta de consciência e empatia”.

Geralmente, os psicopatas são dotados de charme, simpatia, carisma, capazes de impressionar e cativar qualquer pessoa com invejável destreza. Ninguém imagina que por trás de seu jeito educado, inofensivo e gentil se esconde alguém desprovido de consciência, capaz de atitudes cruéis e desumanas.

Um pastor psicopata assume uma personagem performática quando sobe ao púlpito. É capaz de encenar os papéis mais dramáticos como se estivesse num teatro. Em questão de segundos, transita entre a tragédia e a comédia, provocando lágrimas e gargalhadas com a mesma desenvoltura. Mas tudo não passa de fachada para disfarçar sua astúcia.

Não se trata de um louco varrido, mas de alguém que vive na fronteira entre a sanidade e a loucura, mas sem perder o controle.

Suas maiores habilidades são mentir, enganar, ludibriar, trair, sem sequer sentir-se culpado ou envergonhado. Trapaceiam, difamam, traem, abusam de autoridade, roubam, e sentem-se confortáveis com isso. A única coisa que não admitem é serem desmascarados. Não pela vergonha que passariam, mas porque isso os impediria de continuar enganando.

Cinicamente, se aproveitam da dor alheia para se locupletar. São verdadeiros predadores soltos na
sociedade à procura de pessoas vulneráveis que caiam em sua lábia.

Psicopatas gostam de ser o centro das atenções. Por isso, sempre buscam oportunidade para roubar a cena. Querem estar em evidência a qualquer custo. Ainda que isso custe o sofrimento de outros.

Algumas das principais características do psicopata são:

1 – Carisma : Tem facilidade em lidar com as palavras e convencer pessoas vulneráveis. Por isso, torna-se líder com frequência. Seja na política, na igreja, no trabalho ou até na cadeia.

2 – Inteligência : O QI costuma ser maior que o da média: alguns conseguem passar por médico ou advogado sem nunca ter acabado estudado para isso.

3 – Ausência de culpa : Não se arrepende nem tem dor na consciência. É mestre em botar a culpa nos outros por qualquer coisa. Tem certeza que nunca erra.

4 – Vanglória: Vive com a cabeça nas nuvens. Mesmo que a sua situação seja de total miséria, ele só fala de suas supostas glórias. É do tipo que come sardinha e arrota caviar.

5 – Habilidade para mentir : Não vê diferença entre sinceridade e falsidade. É capaz de contar qualquer lorota como se fosse a verdade mais cristalina. Algumas vezes acredita em sua própria mentira.

6 – Egoísmo : Faz suas próprias leis. Não entende o que significa “bem comum”. Se estiver tudo bem para ele, não interessa como está o resto do mundo.

7 – Frieza : Não reage com sinceridade ao ver alguém chorando ou sofrendo.

8 – Parasitismo : Quando consegue a amizade de alguém, suga até a medula.

Infelizmente, algumas destas características têm sido fartamente encontradas em líderes religiosos, vitimando milhares de pessoas com suas artimanhas.

Os pastores psicopatas se apresentam como líderes atenciosos, polidos, cheios de amor, porém, sua intenção é a pior possível. Por fora, sempre impecavelmente vestidos, beirando ao narcisismo. Por dentro, um trapo imundo. Por trás de seu carisma sedutor, um mentiroso contumaz, um manipulador calculista. Sempre agem prevendo a reação de quem pretendem vitimar. Para eles, a vida não passa de um tabuleiro de xadrez. Se alguém se puser em seu caminho, passam como rolo compressor, sem dó nem piedade.

Quem os vê chorar em suas performances de púlpito, não imaginam o ser frio que se esconde por trás daquela capa. Se flagrados, jogam com as palavras e os gestos para tentar inverter o jogo a seu favor. Sabem como se passar de vítima sem deixar rastro. Estão sempre cercados de cúmplices que se deixam ludibriar por seus convincentes argumentos, sendo capazes de colocar sua mão no fogo por seus líderes.

Cerque-se de todos os cuidados necessários. E não seja negligente com a sua família e aqueles a quem você ama. Todos podem estar correndo perigo. Ninguém jamais imaginou que Jim Jones fosse um psicopata que levaria mais de 900 fiéis ao suicídio de uma só vez. Portanto, antes de submeter-se a uma liderança, verifique seu histórico. Veja se tem o respaldo de sua família. Se não é adepto do emocionalismo barato e manipulador.

Uma palavra aos líderes: seja prudente e não se precipite em ordenar alguém ao ministério. Observe-o exaustivamente. Verifique sua conduta em casa e fora da igreja. Cuidado para não colocar uma bomba relógio em posição de liderança na igreja. As estatísticas dizem que um em cada 25 brasileiros se enquadra neste perfil psicológico. Então, não custa nada redobrar a vigilância.

Aviso aos pais: adolescentes são sempre mais vulneráveis a este tipo de liderança extremamente carismática, mas sem escrúpulo e compromisso com a ética. Procure saber a quem seus filhos estão seguindo. Há casos em que pastores jogam os filhos contra os pais, exigindo deles absoluta obediência.

Não seja cúmplice de um pastor psicopata. Se verdadeiramente se importar com ele e seu séquito, tente convencê-lo a buscar ajuda psicológica. Se ele se recusar, denuncie-o. Antes que seja tarde demais...


30 de novembro de 2013

OS DEZ [E ALGUNS OUTROS] MANDAMENTOS PARA O MUNDO VIRTUAL E AS MÍDIAS SOCIAIS

1. Não viverás no mundo virtual, apenas farás incursões. Não substituirás o mundo real pelo mundo virtual.
2. Não venderás a alma para ganhar seguidores. Evitarás factóides e fugirás das polêmicas pelas polêmicas.
3. Não construirás de ti mesmo uma imagem fake no mundo virtual. Não manipularás as pessoas para que pensem de ti mais do que convém. Conscientemente constuirás tua identidade no mundo virtual.
4. Não te confundirás com o teu avatar. Não permitirás que tua identidade seja determinada pelo que dizem a teu respeito nos comentários das tuas postagens.
5. Não serás displicente, negligente e descuidado a respeito das fronteiras da tua intimidade. Cuidarás das dimensões pública (o que qualquer um pode saber), privada (o que apenas as pessoas com quem você se relaciona sabem), e íntima (o que apenas as pessoas para quem você revela sabem). Isso vale também para a vida dos outros.
6. Saberás claramente as razões porque estás presente no mundo virtual e utilizas as redes sociais. Não te tornarás o assunto das tuas mídias. Não falarás apenas de ti mesmo. Aliás, quase nunca falarás de ti mesmo. Oferecerás conteúdo.
7. Não protagonizarás barracos no mundo virtual. Não agredirás pessoas com fofocas, calúnias e difamações. Debaterás ideias, não pessoas. Não serás melindroso: lembre-se que quem fala o que quer, ouve o que não quer, inclusive bobagens. Não serás covarde, dizendo no mundo virtual o que não dizes olhos nos olhos.
8. Não plagiarás. Respeitarás os direitos autorais.
9. Não usarás as mídias sociais para destruir, mas para construir. Não serás apenas contra, mas dirás do que és a favor e farás propostas.
10. Não cairás na armadilha embutida na expressão “rede de relacionamentos”. Relacionamento virtual é uma contradição de termos.

Fonte: Gospel Prime

24 de novembro de 2013

Qual era a denominação de Jesus Cristo?

Por Akel Edin

Qual era a denominação de Jesus Cristo? Pois bem, seguem abaixo 16 perguntas com suas respectivas respostas feitas pelo meu querido amigo e irmão Ronan Gabriel que também faz parte do projeto Eu quero Uma Igreja, um desabafo de verdades que podem ajudar você. Não generalizamos, nem queremos ofender ninguém. Por acaso fiz me vosso inimigo por vos falar a verdade? A refutação é direta ao clero e aos nicolaítas eclesiásticos que dominam o povo:
1) Quantos templos Jesus construiu?
Jesus ou Ye’shua, não construiu templo nenhum, Ele é o próprio Templo! (João 2:19 ao 23) Eu sou o templo do Espírito Santo! Você é templo do Espírito Santo! E juntos, unidos, formamos a Igreja viva de Adonai!
2)  Qual era a denominação de Jesus?
Jesus ou Ye’shua não tinha denominação nenhuma, pois isso é prática da religiosidade que busca a politicagem e o farisaísmo!
3) Quantas vezes Paulo participou da “santa” Ceia?
Não existe “santa” Ceia, esse negócio de “santa” foi o imperador Constantino com a instituição Católica e seus papas que inventaram esse termo, bem como o ritual. Ceia é refeição, jantar, e no final, depois de encher a barriga de comida, se faz lembrança em memória da morte de nosso Messias, até que Ele venha em glória e poder!
4) Por que Pedro e João foram presos quando converteram-se quase 5 mil almas no pátio do templo? 
Foram presos porque disseram a verdade sobre a religiosidade farisaica que dominava e oprimia as pessoas, exatamente igual ao que acontece hoje no sistema religioso católico ou evangélico protestante; a religiosidade matou Jesus ou Ye’shua, e não queriam que as pessoas chegassem ao conhecimento do Caminho, da Verdade e da Vida, exatamente o que acontece hoje, onde o clero persegue aqueles que anunciam as boas novas da salvação em Cristo Jesus!
5) Judas vendeu Jesus por 30 moedas de prata, mas quem realmente comprou Jesus?
Foram os fariseus, líderes religiosos, sacerdotes, saduceus que compraram Jesus, para prendê-lo injustamente, julgá-lo injustamente, e matá-lo injustamente! Alguma semelhança com aqueles que são lideres religiosos hoje?
6) Descreva os cargos dos discípulos na Igreja…
Pedro, Paulo, Silas, Barnabé, Estevão… Cargos? Nunca existiu cargo na verdadeira igreja, as únicas funções designadas e constituídas pelos apóstolos eram presbíteros e diáconos, traduzindo, conselheiros maduros e experientes e auxiliares e serventes. Agora o que o Espírito Santo concede como dom ministerial são: apóstolos, profetas, evangelistas, guias e doutores ou ensinadores, e isso não são cargos tampouco carteirinha ou credencial, e sim dons dados pelo Espírito Santo!
7) Davi disse “Alegrei-me quando me disseram, vamos a casa do Senhor”, a que Davi se referia?
Crentes não sejam preguiçosos! Vocês não lêem o contexto todo do Salmo 122, e acham que Davi estava referindo-se a Igreja ou denominação? Vocês estão redondamente enganados, principalmente você “pastor” que ensina tudo errado! O salmo 122 tem 9 versículos, e se você ler todo o salmo, perceberá que Davi referia-se à cidade de Jerusalém e não a sua denominação institucional com CNPJ cobradora de impostos, dízimos e ofertas, mesmo porque o Criador dos céus e da terra não habita em templos feitos por mãos humanas. Vai estudar mais meu querido!
8) Por que o anjo não mandou Cornélio ir até a “igreja” de Pedro?
Desde quando Pedro teve denominação, que todos chamam de “igreja”? O anjo não mandou Cornélio ir até um determinado lugar ou templo, ele mandou que Cornélio chamasse Pedro em sua casa, para que Pedro anunciasse as boas novas do Messias! A ordem àqueles que conhecem a verdade é: ide e pregai o Evangelho! E, não: “Vá à denominação e ouça o Evangelho!” Ide é trabalhar, ir em busca de vidas nas casas! Pregar numa denominação ou templo e esperar que todos venham é coisa de preguiçoso, estrela e fariseu religioso!
9) Por que o anjo não mandou Paulo ir na igreja de Ananias para se curar da cegueira? 
Porque Ananias não tinha denominação institucional nenhuma, nem templo nenhum! O anjo mandou Paulo ir na casa, na casa, na casa, e vou repetir para ficar mais claro ainda: na casa de Ananias! E ali Paulo foi curado da cegueira espiritual e física.
10) Por que a viúva pobre não deu o dinheiro para obra de Jesus na mão Dele próprio?
É simples a resposta: porque a obra de Jesus ou Ye’shua é amar o próximo, cuidar do próximo, ajudar o próximo, alimentar o próximo, auxiliar o próximo, curar o próximo e libertar o próximo! E não ficar dando e dando dinheiro em denominações institucionais com CNPJ, nas mãos de homens que ameaçam vidas e pessoas, dizendo que o devorador vai pegá-las! Eu dou risadas e mais risadas do devorador, pois eu sei muito bem quem são os devoradores!
eu quero uma igreja organica 320x179 Qual era a denominação de Jesus Cristo?
Igreja Orgânica no Brasil visita Balneário Camboriú
11) Por que os sacerdotes queriam matar Lázaro após Jesus ter restaurado sua vida (“ressuscitado”)?
Simples: porque Jesus ou Ye’shua desmascarou todo o sistema religioso farisaico que existia naquela época! Os líderes religiosos, fariseus, sacerdotes, saduceus só pensavam em extorquir as pessoas, só pensavam em controlar e manipular as pessoas, só queriam honra e gloria para si próprios! E Jesus veio como corregedor sobre tudo isso, que infelizmente se repete de forma total e pior em nossos dias! É por isso que queriam matar Lázaro, porque a máscara caiu e a verdade veio a tona!
12) Quantos milagres foram realizados dentro do templo no período bíblico?
Nenhum milagre foi realizado dentro de templo nenhum; pois ninguém entrava no templo, somente os sacerdotes da tribo de Levi! Mas Jesus ou Ye’shua veio justamente para rasgar este maldito véu que separava o homem de Deus (2ª Co 3), e agora temos acesso livre e completo à presença do Criador dos céus e da terra; a cura ou o milagre acontece em qualquer lugar! Mas muitos líderes religiosos costuraram o véu novamente para que somente estes tais tivessem acesso, e mais ninguém.
13) Por que hoje os milagres só são vistos na “igreja”, se antes Ele fazia em qualquer lugar? 
Para se cumprir as Escrituras quando diz: nem todo o que me diz “Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”. Lembre-se: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” Mateus 7:21 ao 23.
14) Por que Moisés, Abraão, José, Isaque, Josué, Rute, Ester, Débora, Gideão e tantos outros estiveram na presença de Deus sem nunca ter entrado em um templo e nós hoje precisamos ir ao “templo”?
Simples: porque mentirosos se utilizam das Escrituras para extorquir, manipular, controlar, ameaçar, humilhar pessoas e vidas! Vivem da gordura e da lã das ovelhas, e ainda dizem que são ungidos do Senhor! É lamentável! Chegam a dizer que não há salvação fora da denominação com CNPJ, e que não há cura fora da denominação, nem tão pouco há libertação fora dela.
15) Quem vem se não para matar roubar e destruir?
Essa é a melhor pergunta, vamos lá: se você crente, ovelha, servo, ler todo o capítulo 10 do Evangelho segundo João, perceberá que Jesus ou Ye’shua fez uma comparação clara e direta entre Ele, o Bom e Único Pastor, e os falsos pastores, mercenários e ladrões. Em todo o texto é claro quando Jesus diz que as ovelhas Dele ouvem a voz Dele, e não do “pastor” ladrão e mercenário! Em todo o texto é claro quando Ele diz que a porta é aberta e Ele mesmo chama para fora, para fora, para fora todas as suas ovelhas. Presas num aprisco, estas mesmas ovelhas O seguem e acham pastagem pura e verdadeira, e não ouvem e nem seguem a voz do “pastor” estranho! Em todo o texto é claro quando Jesus diz que todos que vieram antes Dele são ladrões e salteadores, e estes todos são os líderes religiosos, fariseus, sacerdotes, os que querem dominar o povo e fazer tudo por dinheiro, hoje conhecidos com diversos títulos na hierarquia eclesiástica piramidal: bispos, apóstolos, pastores, patriarcas, semi-deuses e etc…. Em todo o texto é claro quando Jesus diz que Ele, e somente Ele dá a vida pelas ovelhas; e qual dos “pastores” mercenários dão a vida pelas ovelhas? Pelo contrário, quando vê o lobo (diabo) vir, abandona as ovelhas e foge, porque é mercenário! E o texto é claro no final: os líderes religiosos, fariseus, sacerdotes, disseram que Jesus estava endemoninhado, porque Ele denunciou os “pastores” salteadores da época. Você vai dizer que eu também tenho demônio? Quem veio pra matar, roubar e destruir são os que vivem como parasitas em nosso meio!
16) Qualquer pessoa pode ir ao cartório registrar uma “igreja” e ser “pastor”?
Sim! Qualquer um com título de “pastor”, pode ir na junta comercial ou cartório, e abrir uma denominação ou empresa eclesiástica, pois hoje em dia denominação é dinheiro e muito dinheiro! Hoje o Evangelho está prostituído. Fazem negócio com as Escrituras e vendem o Evangelho. Leia 2ª Coríntios 11, sobre os obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo, e não é espantoso isso, por que o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz, e também não é de se espantar que os ministros de Satanás se transfigurem em ministros da justiça! Deixo para você este alerta, meu amado irmão e minha querida irmã: “E ouvi outra voz do céu, que dizia: sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas!” Eis que presto venho: bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro. E eu, João, sou aquele que vi e ouvi estas coisas. E, havendo-as ouvido e visto, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava para o adorar. E disse-me: olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus. E disse-me: não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo. Quem é injusto, seja injusto ainda; e quem é sujo, seja sujo ainda; e quem é justo, seja justificado ainda; e quem é santo, seja santificado ainda. E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Apocalipse 22:7 ao 17.
Você que também pensa assim, conheça a Igreja Orgânica no Brasil e no Mundo. Aqui mesmo nas nossas colunas, veja um convite que fizemos a todos vocês para dias 10, 11 e 12 de janeiro de 2014 em Balneário Camboriú, um lindo encontro da Igreja Orgânica do Brasil. Programe-se e venha. Para mais informações e cadastramento no portal: www.euqueroumaigreja.com


30 de outubro de 2013

31 de outubro ... Dia da Reforma Protestante

No dia 31 de outubro é comemorado por evangélicos de todo o mundo o Dia da Reforma Protestante. Em 1517, um dia antes da festa católica de “Todos os Santos”, o monge agostiniano Martinho Lutero pregou publicamente suas 95 teses (veja abaixo), na porta da Catedral de Wittenberg, na Alemanha. Seu apelo era por uma mudança nas práticas da Igreja Católica, por isso o nome “Reforma”.

A iniciativa teve consequências por toda a Europa, dividiu reinos, gerou protestos e mortes. E mudou para sempre a Igreja. Para alguns, Lutero destruiu a unidade do que era considerada a igreja, era um monge renegado que desejava apenas destruir os fundamentos da vida monástica. Para outros, é um grande herói, que restaurou a pregação do evangelho puro de Jesus e da Bíblia, o reformador de uma igreja corrupta.

O fato é que ele mudou o curso da história ao desafiar o poder do papado e do império, e possibilitou que o povo tivesse acesso à Bíblia em sua própria língua. A principal doutrina de Lutero era contra o pagamento de penitências e indulgências aos líderes religiosos. Ele enfatizava que a salvação é pela graça, não por obras.

Conta-se que muita coisa mudou dentro daquele monge até então submisso ao papa quando, em 1515, Lutero começou a dar palestras sobre a Epístola aos Romanos. Ao estudar as Escrituras se deparou com o primeiro capítulo de Romanos, que decretava “o justo viverá pela fé”. Desvendava-se diante dele o que é conhecida como “justificação pela fé”, ou seja, a justificação do pecador diante de Deus não é por um esforço pessoal, mas sim um presente dado àqueles que acreditam na obra de Cristo na cruz.


Porta da Catedral de Wittenberg, na Alemanha, onde Martinho Lutero pregou publicamente suas 95 teses
O movimento encabeçado por Lutero ocorreu durante um dos períodos mais revolucionários da história (passagem da Idade Média para o Renascimento) e mostra como as crenças de um homem pode mudar o mundo.

A controvérsia acabou sendo, segundo historiadores, maior do que Lutero pretendia ou imaginara. Porém, ao atacar a venda de indulgências por parte da igreja, acabou opondo-se ao lucro obtido por pessoas muito mais poderosas do que ele. Segundo Lutero, se era verdade que o Papa tinha poder de tirar as almas do purgatório, devia usar esse poder, não por razões egoístas, como a necessidade arrecadar fundos para construir uma igreja, mas simplesmente por amor, e devia fazê-lo gratuitamente. A idolatria aos santos também foi um dos grandes pontos de discórdia com os lideres católicos.

A maioria dos historiadores concorda que Lutero teria tentado apresentar seus argumentos ao Papa e alguns amigos de outras universidades. No entanto, as teses colocadas na porta da Catedral de Wittemberg e os muitos argumentos teológicos impressos e distribuídos por ele nos meses seguintes, acabaram se espalhando por toda a Europa, fazendo com que ele fosse chamado ao Vaticano para se retratar perante o Papa. A partir de então, entrou abertamente em conflito com a Igreja Católica.

Acabou excomungado em 1520, pelo papa Leão X. Alegava-se que ele incorria em “heresia notória”. Devido a esses acontecimentos, Lutero temendo a morte, ficou exilado no Castelo de Wartburg, por cerca de um ano. Durante esse período trabalhou na sua tradução da Bíblia para o alemão, resultando na impressão do Novo Testamento em setembro de 1522.

Legado de Lutero

O famoso pastor Charles Spurgeon escreveu:

“Lutero aprendeu a ser independente de todos os homens, pois ele lançou-se sobre o seu Deus! Ele tinha todo o mundo contra ele e ainda viveu alegremente.

Se o Papa excomungou, ele queimou a bula de excomunhão! Se o Imperador o ameaçou, ele alegrou-se porque se lembrou das palavras do Senhor: “Os reis da terra se levantam, e os príncipes dos países juntos. Aquele que está sentado nos céus se rirá” (Salmo 2).

Quando disseram-lhe: “Onde você vai encontrar abrigo se o Príncipe Eleitor não protegê-lo?”. Ele respondeu: “Sob o escudo amplo de Deus”. Lutero não podia ficar parado. Ele tinha que escrever e falar! E oh, com que confiança ele falou! Abominava as dúvidas sobre Deus e as Escrituras!”

Para algumas vertentes do catolicismo, os protestantes são hereges. Para outras, “irmãos separados”. O movimento originado por Lutero ficou conhecido como Protestantismo e seus seguidores como “protestantes”. O termo é pouco comum no Brasil, onde se prefere usar “evangélicos”.

As 95 teses:

1. Ao dizer: “Fazei penitência”, etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.

2. Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).

3. No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.

4. Por consequência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.

5. O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.

6. O papa não tem o poder de perdoar culpa a não ser declarando ou confirmando que ela foi perdoada por Deus; ou, certamente, perdoados os casos que lhe são reservados. Se ele deixasse de observar essas limitações, a culpa permaneceria.

7. Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.

8. Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.

9. Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.

10. Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.

11. Essa cizânia de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.

12. Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.

13. Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.

14. Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais quanto menor for o amor.

15. Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.

16. Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.

17. Parece necessário, para as almas no purgatório, que o horror devesse diminuir à medida que o amor crescesse.

18. Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontrem fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.

19. Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza disso.

20. Portanto, por remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.

21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.

22. Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.

23. Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.

24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.

25. O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.

26. O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.

27. Pregam doutrina mundana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].

28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, pode aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.

29. E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas, como na história contada a respeito de São Severino e São Pascoal?

30. Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.

31. Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.

32. Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.

33. Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Ele.

34. Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.

35. Os que ensinam que a contrição não é necessária para obter redenção ou indulgência, estão pregando doutrinas incompatíveis com o cristão.

36. Qualquer cristão que está verdadeiramente contrito tem remissão plena tanto da pena como da culpa, que são suas dívidas, mesmo sem uma carta de indulgência.

37. Qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, participa de todos os benefícios de Cristo e da Igreja, que são dons de Deus, mesmo sem carta de indulgência.

38. Contudo, o perdão distribuído pelo papa não deve ser desprezado, pois – como disse – é uma declaração da remissão divina.

39. Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar simultaneamente perante o povo a liberalidade de indulgências e a verdadeira contrição.

40. A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, ou pelo menos dá ocasião para tanto.

41. Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.

42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.

43. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.

44. Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena.

45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.

46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.

47. Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.

48. Deve ensinar-se aos cristãos que, ao conceder perdões, o papa tem mais desejo (assim como tem mais necessidade) de oração devota em seu favor do que do dinheiro que se está pronto a pagar.

49. Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.

50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.

51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto – como é seu dever – a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extorquem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.

52. Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.

53. São inimigos de Cristo e do Papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.

54. Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.

55. A atitude do Papa necessariamente é: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.

56. Os tesouros da Igreja, a partir dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.

57. É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.

58. Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.

59. S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.

60. É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem estes tesouros.

61. Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos especiais, o poder do papa por si só é suficiente.

62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.

63. Mas este tesouro é certamente o mais odiado, pois faz com que os primeiros sejam os últimos.

64. Em contrapartida, o tesouro das indulgências é certamente o mais benquisto, pois faz dos últimos os primeiros.

65. Portanto, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.

66. Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.

67. As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tais, na medida em que dão boa renda.

68. Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade da cruz.

69. Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.

70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbidos pelo papa.

71. Seja excomungado e amaldiçoado quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.

72. Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.

73. Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,

74. muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram fraudar a santa caridade e verdade.

75. A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes a ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.

76. Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados venais no que se refere à sua culpa.

77. A afirmação de que nem mesmo São Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o Papa.

78. Dizemos contra isto que qualquer papa, mesmo São Pedro, tem maiores graças que essas, a saber, o Evangelho, as virtudes, as graças da administração (ou da cura), etc., como está escrito em I Coríntios XII.

79. É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insigneamente erguida, eqüivale à cruz de Cristo.

80. Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes sermões sejam difundidos entre o povo.

81. Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil nem para os homens doutos defender a dignidade do papa contra calúnias ou questões, sem dúvida argutas, dos leigos.

82. Por exemplo: Por que o papa não esvazia o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas – o que seria a mais justa de todas as causas, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica – que é uma causa tão insignificante?

83. Do mesmo modo: Por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?

84. Do mesmo modo: Que nova piedade de Deus e do papa é essa que, por causa do dinheiro, permite ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, mas não a redime por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta por amor gratuito?

85. Do mesmo modo: Por que os cânones penitenciais – de fato e por desuso já há muito revogados e mortos – ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?

86. Do mesmo modo: Por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos ricos mais crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?

87. Do mesmo modo: O que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à plena remissão e participação?

88. Do mesmo modo: Que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações cem vezes ao dia a qualquer dos fiéis?

89. Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências, outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?

90. Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e fazer os cristãos infelizes.

91. Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.

92. Portanto, fora com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo “Paz, paz!” sem que haja paz!

93. Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo “Cruz! Cruz!” sem que haja cruz!

94. Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno.

95. E que confiem entrar no céu antes passando por muitas tribulações do que por meio da confiança da paz.