O
homem um ser social
O ser humano foi criado para viver em comunhão: primeiro,
com o seu Criador (relação vertical); e, depois, com os seus semelhantes
(relação horizontal). Na verdade, esse é o plano divino para nossas vidas. Foi
o próprio Senhor Deus quem declarou: "Não é bom que o homem esteja só...”
(Gn. 2: 18). Lemos, ainda, na Sua Palavra que "Melhor é serem dois do que
um..." (Ec 4:9). Portanto, a solidão se opõe ao plano divino, e, por isso
mesmo, resulta em várias feridas na alma, tais como: sentimento de desconforto,
de inutilidade; auto-estima baixa; depressão; ausência de laços afetivos;
prostração; e, até mesmo, saudade.
Para vencer a solidão, precisamos de amizade, simpatia,
empatia, cooperação, namoro, casamento. Sentimos necessidade de amizade
verdadeira, de alguém que chegue quando todos saem, isto é, alguém que
permaneça ao nosso lado quando mais ninguém está. Mas, por outro lado, a
solidão não pode levar a pessoa a aceitar qualquer tipo de relacionamento. Quanta
vez já se ouviu: "Ruim com ele (ela), pior sem ele (ela)...”? Obviamente
tal afirmativa não pode expressar uma verdade, não é mesmo?
O
que é ficar?
Atualmente, a palavra "namoro" está fora de moda...
para alguns. Agora, as maiorias adolescentes e jovens "ficam". O que
é há de diferente?
Já vimos que o namoro é um momento muito importante na vida
da pessoa. Ficar, segundo o que os jovens definem é “passar tempo com alguém,
sem qualquer compromisso. Pode, ou não, incluir intimidades, tais como: beijos,
abraços e mesmo, relações sexuais." Portanto, o ficar nada tem a ver com o
namorar. Infelizmente, quando um jovem fala sobre "namoro", no
sentido sério da palavra, torna-se, muitas vezes, alvo de piada e gozação, por
parte dos colegas. Isso é um resultado (da distorção dos valores morais que vem
sendo feita, principalmente pelos meios de comunicação). Nossos jovens sofrem a
influência da mídia que apregoa a sensualidade e a liberação dos impulsos, sem
censuras como forma de atuação prazerosa e mais autêntica, mais satisfatória.
Tal comportamento leva à promiscuidade sexual, com suas tristes conseqüências.
Na década de 60 (no Brasil, a partir de 70/80), começou uma
revolução sexual na Europa, enfatizando que homens e mulheres podiam desfrutar
de direitos iguais, inclusive no "sexo livre". O que importava era a
satisfação pessoal; a sensação do momento, sem a necessidade de qualquer
ligação de sentimentos entre os parceiros. A queda, de lá para cá, foi
vertiginosa e, assim, o namoro foi sendo deixado de lado e houve grande adesão
ao ficar. Os jovens são pressionados a abandonar hábitos conservadores e a
adotar as práticas pecaminosas ditadas pela cultura social.
Embora, aparentemente, haja muitas vantagens no “ficarem",
as desvantagens, especialmente para a mulher, são inúmeras também. Entre elas,
podemos mencionar o fato de que ela vai ficar mal vista mal falada, vai estar
sujeita a uma gravidez indesejada, enfim muitas são as tristezas. É importante
que você, mulher, se lembre de que não é um objeto descartável: usado agora,
jogado fora depois. Infelizmente, os jovens evangélicos são alvo da mesma
pressão e da mesma gozação. Por isso, apenas uma minoria discorda dos padrões e
das práticas pecaminosas ditadas pela cultura secular. Os jovens -homens e
mulheres -principalmente os que querem levar Deus a sério em suas vidas,
precisam observar, cuidadosamente, o que Ele diz em Sua Palavra, antes de
envolver-se com alguém. É óbvio que o "ficar" não deve ser uma
prática para esses jovens.
E
o transar?
Este é um tema que tem sido alvo de muitos debates e
discussões. Parece que agora, é muito "careta" quem não transa, não é
mesmo? Por isso, as pessoas que ainda querem ser sérias nos seus
relacionamentos, acabam passando por situações bem desagradáveis. São objeto de
gargalhadas de ironias, de dúvida por parte de colegas, de escola ou de
trabalho - de pessoas mais velhas e - pasmem! - de ”irmãos e irmãs” da igreja.
Além disso, as jovens ficam com medo de "perder" aquele rapaz
"lindo e maravilhoso" e cedem à tentação, quando ele diz:
"Querida, prove que me ama realmente e transe comigo... "Este é o
golpe mais velho e mais baixo que existe! Ele, na verdade, não a ama, não está
nem um pouco preocupado com ela nem com as conseqüências que ela - apenas ela -
vai enfrentar! Ele só quer se divertir com o corpo dela! A única resposta para
esse convite é a mesma de sempre: "Se você realmente me ama, poderá
esperar pelo casamento.” Muitos jovens cristãos acabam cedendo às pressões da mídia,
dos colegas, dos amigos e começam a achar que o que todo mundo faz é que está
certo e que eles não podem se apresentar como seres alienígenas. Passam a viver
"uma vida dupla: na igreja, são os 'certinhos'; fora dela, agem conforme
seus desejos mandarem."
Mas a Palavra de Deus condena o "transar", pois
afirma que a relação sexual é um privilégio do casamento. Na verdade, ela é a
terceira etapa, e não a primeira. "Em Gn. 2:24, lemos: 'Por isso
deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.
' Desde Adão e Eva, o próprio Deus ordenou que houvesse uma formalização do
compromisso matrimonial, através do 'deixar pai e mãe', com a bênção destes que
são autoridades, sobre nós, enquanto solteiros. Além destas autoridades,
devemos obediência às leis do nosso país. Num segundo passo, o homem 'se une à
sua mulher'. A referência é àquela mulher com quem vai se casar, e não a
qualquer mulher que se olhar na rua. Assim, numa terceira etapa, os dois serão
'uma só carne'. Só após as duas primeiras terem sido cumpridas, é que vem à
hora da relação sexual, e não antes. Esta idéia existe tanto no Velho como no
Novo Testamento, pois este versículo é citado por Jesus (Mt. 19:5) e por Paulo
(I Co. 6: 16)."
Deus não estimula, de jeito algum, a "transa".
Muito pelo contrário. Várias passagens bíblicas condenam o relacionamento
sexual fora do casamento: At. 15:29; 21 :25; I Co. 6: 13-18; II Co. 12:21; I
Ts. 4:3- 5. Entretanto, Hb. 13:4, Deus valoriza o casamento. Lemos ali:
"Digno de honra entre todos, seja o matrimônio, bem como o leito sem
mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros". Deus também aprova a
relação sexual dentro do casamento. "Para o povo judeu, a relação sem
pecado, era aquela em que as pessoas entravam virgens para o casamento, como
descrito em Dt. 22:13-21."
Querida jovem sei que você precisa de muita força para enfrentar
tudo o que o mundo está exigindo e oferecendo para você. Entretanto, procure se
fortalecer com a Palavra de Deus, ocupar sua mente e seu tempo com coisas boas
e aceitar o desafio de ir contra a maioria. Lembre-se de que quando sabemos que
somos amados pelo que somos, e não pelo nosso físico, tornamo-nos mais
saudáveis mentalmente e nos expressamos mais livremente, porque já não tememos
a rejeição. Já não precisamos nos preocupar em como vamos agradar o nosso
companheiro. Lembre-se. Também do que dizem as Escrituras em Eclesiastes 12:1
"Não deixe o entusiasmo da mocidade fazer com que você esqueça seu
Criador. Honre a Deus enquanto você é jovem, antes que os dias maus cheguem,
quando você não vai mais ter alegria de viver."
A
oração ainda é essencial
Depois de considerar, racionalmente e não emocionalmente
apenas, se a pessoa que você escolheu é alguém com quem você gostaria de passar
toda a sua vida leve o assunto para Deus em oração. Há um hino que diz que não
precisamos perder a paz quando levamos nossos problemas ao nosso amigo Jesus,
pois Ele sempre nos atende em oração. Espere pelo Senhor (Salmo 27: 14). Ele
sempre sabe o que é melhor para você. Nunca tome uma decisão nunca inicie um
envolvimento sem ter certeza de que Deus está abençoando esse relacionamento,
de que é aprovado por seus pais e de que você ama realmente aquela pessoa. Com
certeza, você será bem sucedida na escolha que fizer.
O
fim do namoro é o casamento
A finalidade, o objetivo do namoro é o casamento; mas o
casamento não é o fim do namoro. Na verdade, o namoro deve continuar pelo resto
da vida a dois. O namoro continua sendo muito importante dentro do casamento.
Quando o fim do namoro é o casamento, grandes são as chances desse casamento
desmoronar.
É interessante que, durante o período de namoro, muitas são
as juras de amor eterno, os presentes, os programas, as roupas bonitas, os
penteados cheios de cuidados, os perfumes, as gentilezas etc. Entretanto,
aqueles que consideram que o fim do namoro é o casamento, abandonam todas ou
quase todas essas práticas e passam a agir de modo totalmente inverso! Essa é
uma das razões pela qual os casamentos acabam durando muito pouco. É preciso
continuar perdoando, amando, protegendo e valorizando o cônjuge. Muitos maridos
passam a agir exatamente como agiriam após haverem "transado" com a
namorada - isto é, passam a tratar a esposa com indiferença, sem qualquer
interesse nela. Por outro lado, as mulheres também, muitas vezes, perdem todo o
encanto, pois já não se arrumam como se arrumavam, já não usam aquele perfume
que o namorado tanto apreciava (quando não ficam mal-cheirosas), esquecem-se de
que o seu corpo é "o templo do Espírito Santo" e deixam de cuidar
dele, tornam-se relaxadas com tudo. Tanto o marido como a mulher precisam estar
atentos para que o namoro tenha sua continuação no casamento. Esposas continuam
gostando de ganhar um presente, de receber flores, de sair para jantar, de
ouvir elogios sobre sua aparência etc., exatamente como quando eram namoradas.
Os esposos, por sua vez, continuam gostando de ver sua "namorada" com
os cabelos penteados, limpas, cheirosas, de comer algo feito especialmente para
ele, de ouvir palavras de amor. "Lembre-se de que a frase Eu amo você! ,
dita sincera e freqüentemente, afofa o terreno do relacionamento e pré-dispõe o
aprofundamento de raízes.
Sylvia Oliveira Nocetti
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