E, quando foi embora, disse: — Eu voltarei, se Deus quiser.
(Atos 18.21)
O que Paulo disse aos judeus na sinagoga de Éfeso todo mundo
diz, às vezes em respeito à soberania de Deus, e, outras vezes, por mera
formalidade. Ele prometeu voltar a Éfeso, mas “se Deus quiser” (18.21).
Essa delicada relação com a oração teria sido ensinada por
Jesus: “Que a tua vontade seja feita aqui na terra como é feita no céu” (Mt
6.10). A vontade de Deus é óbvia em muitos casos. Por exemplo, “o que Deus quer
de vocês é isto: que sejam completamente dedicados a ele e que fiquem livres da
imoralidade” (1Ts 4.3). Mas, em outros casos, ela precisa ser buscada e
respeitada.
Paulo levava isso a sério. Além dessa passagem de Atos, em
outra ocasião, ele escreve a mesma coisa: “Se o Senhor quiser, eu vou
visitá-los logo” (1Co 4.19). Ele está se referindo à necessidade de ir a
Corinto. Aos romanos, Paulo confessa que tem um desejo engavetado, não
satisfeito por motivos de força maior: “Muitas vezes eu quis visitá-los” e “há
muitos anos tenho pensado em ver vocês” (Rm 15.22-24). É um desejo tão forte
que ele faz uso da oração: “Peço a Deus que se for da sua vontade, ele faça com
que agora eu possa ir visitá-los, pois eu quero muito vê-los, a fim de repartir
bênçãos espirituais com vocês para fortalecê-los” (Rm 1.10-11). Paulo também
desejou ir a Tessalônica porque tanto os crentes de lá como ele estavam com
muita vontade de se encontrar (1Ts 3.6).
Se nessa questão Paulo é o exemplo, Tiago é o teórico. Com
sua habitual franqueza, ele ensina: “Vocês nem sabem o que lhes acontecerá
amanhã! [...] Deveriam dizer: ‘Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou
aquilo’” (Tg 4.15, NVI).
>> Retirado de Refeições
Diárias: no Partir do Pão e na Oração. Editora Ultimato
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